Nenhum texto poderia amenizar o que sentimos quando vemos uma tragédia como a dessa semana com o avião da TAM ou a anterior do avião da Gol, muitas vezes eu entro em aviões para cumprir obrigações de trabalho, porém viajamos em grande comunhão com Deus.

Essa rota de Porto Alegre foi a minha última viagem de avião quando ainda a trabalho pela GM fui até a fabrica de Gravataí.
As coincidências seguem, em 1996 no desastre do avião da TAM em congonhas eu havia feito à rota de SP-RJ exatos 7 dias antes.
No desastre do avião de Manaus, eu também voei de Manaus-SP uma semana antes. E agora na rota de POA-SP. Coincidência ou livramentos de Deus, eu acredito na segunda opção, porém...
O que fica é um sentimento de total vazio, pois teremos que continuar a viajar mesmo sabendo que uma hora podemos estar entre uma dessas estórias, em conversa com a minha esposa nessa semana, eu disse apenas que ao acontecer isso, o pior não é para quem foi e sim para quem fica, pois quem terá que passar pelo desespero, pela dor, pela aflição de notícias, pelo menor, mais existente sentimento de que "pode ser que ele não estava nesse acidente", é justamente quem fica. Pensando nisso eu postei esse pequeno texto da mitologia, muito importante para as pessoas que nesse momento passam por uma dor imensa, mas que terão que seguir em frente.
Estendo assim os meus sentimentos aos parentes das vítimas e aos que em outra circunstancia passam pelo pesar de perder alguém querido...

Fênix

Para quem não conhece a estória, “Fênix” era uma ave mitológica de grande porte que merecia o título de animal mais raro da face da terra, simplesmente por ser a única de sua espécie. Possuía uma parte da plumagem feita de ouro e a outra colorida de um vermelho incomparável. A isso, ainda aliava uma longevidade jamais observada em nenhum outro animal. Seu habitat eram os desertos escaldantes e inóspitos da Arábia, o que justificava sua fama de quase nunca ter sido vista por ninguém.

Quando a Fênix percebia que sua vida secular estava chegando ao fim, fazia um ninho com ervas aromáticas, que entrava em combustão ao ser exposto aos raios do Sol. Em seguida, atirava-se em meio às chamas para ser consumida até quase não deixar vestígios. Do pouco que sobrava de seus restos mortais, se arrastava milagrosamente uma espécie de verme que se desenvolvia de maneira rápida para se transformar numa nova ave, idêntica à que havia morrido.

A crença nessa ave lendária figura na mitologia de vários e diferentes povos antigos, tais como gregos, egípcios e chineses. Apesar disso, em todas essas civilizações, seu mito preserva o mesmo significado simbólico: o renascer das próprias cinzas.

(...)

Podemos restaurar o que os incêndios destroem em nossa vida? Às vezes. Em outras circunstâncias é melhor que as cinzas sejam esquecidas, para que algo completamente novo seja construído. Renascer é o processo através do qual você lamenta a sua perda e depois se levanta e começa tudo de novo.

O que aflora em seguida é a noção de que pode existir um futuro. (...) Você considera as possibilidades que nunca imaginou e começa a estabelecer objetivos, atividades que o colocam mais uma vez no tabuleiro do jogo da vida. Dá-se permissão para estar num nível diferente, apesar de novo, de realização. Como diz o ditado, às vezes você precisa “ir mais devagar para ir mais depressa”.

Algumas vezes, como a Fênix, temos que renascer das cinzas, passar pelo fogo e sair fortalecidos, renovados e renascidos.

“O teste do sucesso não é o que você faz quando está por cima. Sucesso é que altura você atinge quando dá a volta por cima depois de chegar ao fundo do poço”. (George S. Patton)

IG