Resumo do texto anterior:

Apresentamos os três pontos que nos ajudarão a preparar nossa mudança interior e poder viver de forma completa, deixando um legado, para podermos ao final de nossa jornada terrena, olhar para trás e ter orgulho de nossa rápida passagem pela vida.
O primeiro ponto é o livre arbítrio, ou o direito de fazer a sua escolha, a liberdade de escolha bem aplicada nos fortalece, nos mostra o quanto somos “donos” da nossa decisão, o quanto podemos escolher o que nos afeta e como nos afeta, nos permite responder com clareza aos estímulos, esse dom nos diferencia dos Robôs, das Maquinas, dos anjos, pois foi justamente nesse ponto que Deus nos colocou uma dádiva diferenciada de qualquer ser vivente na Terra, o poder de escolher, inclusive se acreditamos ou não em sua existência e se aplicamos os seus mandamentos.


Agora veremos como aplicar esse livre arbítrio de forma sábia, pois se temos o poder de escolher, devemos não só aplicar esse poder, mas aplicá-lo de forma sabia, pois da mesma forma que podemos escolher o bem, podemos escolher o mal.

Exatamente aqui nesse ponto foi um dos mais conturbados pontos para escrever, pois a definição de “certo e errado”, de “bem e mal”, é bem complexa, não gostaria de aprofundar de forma filosófica ou de apontar o meu ponto de vista, acredito que todo ser humano nasce com algumas definições enraizadas em seu DNA e outras são definidas no caráter devido à convivência em sociedade, as definições do que é Certo e do que é Bom, estão alicerçados em princípios como a Honestidade, integridade, Justiça, etc...

Porem porque discutir esse assunto tão complexo?

Porque para exercitar o dom da liberdade de escolha, seremos sempre impulsionados por esses princípios, veja:
Todos nós tomamos diariamente dezenas de decisões. Fazemos escolhas, optamos, resolvemos e determinamos aquilo que tem a ver com nossa vida individual, a vida da empresa e de nossos semelhantes.
As decisões que tomamos são invariavelmente influenciadas pelo horizonte do nosso próprio mundo individual e social. Ao elegermos uma determinada solução em detrimento de outra, o fazemos baseados num padrão, num conjunto de valores do que acreditamos ser certo ou errado. É isso podemos chamar de ética.

Ética é o conjunto de valores ou padrão pelo qual uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões.
Cada um de nós tem uma ética. Cada um de nós, por mais influenciado que seja pelo nosso dia, tem um sistema de valores interno que consulta (nem sempre, a julgar pela incoerência de nossas decisões...!) no processo de fazer escolhas. Nem sempre estamos conscientes dos valores que compõem esse sistema, mas eles estão lá, influenciando decisivamente nossas opções.
Os estudiosos do assunto geralmente agrupam as alternativas éticas de acordo com o seu princípio orientador fundamental:

As chamadas éticas humanísticas são aquelas que tomam o ser humano como a medida de todas as coisas,ou seja, são aquelas éticas que favorecem escolhas e decisões voltadas para o homem como seu valor maior.
Dentro desses conceitos temos um sistema de ética que ensinava, em linhas gerais, que para ter uma vida cheia de sentido e significado, cada indivíduo deveria buscar acima de tudo aquilo que lhe desse prazer ou felicidade. A ética natural do homem é o hedonismo. Instintivamente, ele toma decisões e faz escolhas tendo como princípio controlador buscar aquilo que lhe dará maior prazer e felicidade. O individualismo exacerbado e o materialismo moderno são formas atuais de hedonismo.
Muito embora o cristianismo reconheça a legitimidade da busca do prazer e da felicidade individuais, considera a ética hedonista essencialmente egoísta, pois coloca tais coisas como o princípio maior e fundamental da existência humana

Outro exemplo de ética humanística é o utilitarismo, sistema ético que tem como valor máximo o que considera o bem maior para o maior número de pessoas. Em outras palavras, "o certo é o que for útil". As decisões são julgadas, não em termos das motivações ou princípios morais envolvidos, mas dos resultados que produzem. Se uma escolha produz felicidade para as pessoas, então é correta.
A ética utilitarista pode parecer estar alinhada com o ensino cristão de buscarmos o bem das pessoas. Ela chega até a ensinar que cada indivíduo deve sacrificar seu prazer pelo da coletividade (ao contrário do hedonismo). Entretanto, é perigosamente relativista: quem vai determinar o que é o bem da maioria? Os nazistas dizimaram milhões de judeus em nome do bem da humanidade. Antes deles, já era popular o adágio "o fim justifica os meios". O perigo do utilitarismo é que ele transforma a ética simplesmente num pragmatismo frio e impessoal: decisões certas são aquelas que produzem soluções, resultados e números.

Outra exemplo de ética, os Existencialistas são céticos quanto a um futuro róseo ou bom para a humanidade; são também relativistas, acreditando que o certo e o errado são relativos à perspectiva do indivíduo e que não existem valores morais ou espirituais absolutos. Para eles, o certo é ter uma experiência, é agir — o errado é vegetar, ficar inerte.
O existencialismo é o sistema ético dominante em nossa sociedade moderna. Sua influencia percebe-se em todo lugar. A sociedade atual tende a validar eticamente atitudes tomadas com base na experiência individual. Por exemplo, um homem que não é feliz em seu casamento e tem um romance com outra mulher com quem se sente bem, geralmente recebe a compreensão e a tolerância da sociedade.

Na ética cristã temo o sistema de valores morais associado ao Cristianismo histórico e que retira dele a sustentação teológica e filosófica de seus preceitos.
Como as demais éticas já mencionadas acima, a ética cristã opera a partir de diversos pressupostos e conceitos que acredita estão revelados nas Escrituras Sagradas pelo único Deus verdadeiro.
Dentro dessa ética, o homem não é moralmente neutro, mas inclinado a tomar decisões contrárias a Deus, ao próximo. Esse pressuposto é uma implicação inevitável do anterior. As pessoas, no estado natural em que se encontram (em contraste ao estado de regeneração) são movidas intuitivamente, acima de tudo, pela cobiça e pelo egoísmo, seguindo muito naturalmente (e inconscientemente) sistemas de valores descritos acima como humanísticos ou naturalísticos. Por si sós, as pessoas são incapazes de seguir até mesmo os padrões que escolhem para si, violando diariamente os próprios princípios de conduta que consideram corretos.

Nesses pequenos textos já verificamos como o assunto é complexo, porem falamos de ética, de princípios, de viver em sociedade, de procurar o prazer pessoal, a felicidade pessoal, mas também se afirmamos viver em sociedade, não podemos, na busca dessa felicidade pessoal, ignorar as outras pessoas impactadas pelas nossas ações e atitude.

Todos sabem o que é bom e o que é mal, o que é justo e o que é injusto, no mínimo sabemos aplicar esses conceitos pelo nosso ponto de vista, o que é justo para você, o que é mal para você e o que certo ou errado em sociedade.
Há um dito popular para resumir tudo:

“A sua liberdade não tem limitador, vai até onde começa a liberdade do outro”.

Quando disse inicialmente que temos que a aplicação do poder de escolha sabiamente, estava justamente me referindo à aplicação desses princípios com sabedoria, o nosso trabalho aqui não é definir o que é certo ou errado, bom ou mal, existencialista, humanista ou cristão, a idéia é apresentar a você um parâmetro para aplicar no seu dia a dia a liberdade de escolha com sabedoria e consideração nos princípios de justiça, bondade, honestidade, integridade,
Aplique sua liberdade de escolha com sabedoria e bom senso e assim terá resgatado os princípios morais e podemos caminhar nossa jornada rumo nossa mudança interior e poder viver de forma completa, deixando um legado, para podermos ao final de nossa jornada terrena, olhar para trás e ter orgulho de nossa rápida passagem pela vida.

Vemos-nos na semana que vem.
Antunes
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