Charles foi reprovado em todas a matérias na oitava série.

No segundo grau, foi reprovado em física com a nota mais baixa da história da escola. Também foi reprovado em latim, álgebra e inglês. O desempenho nos esportes foi insuficiente. Parecia que ninguém se importava com ele.
Ele, os professores e os colegas sabiam que era um fracassado, segundo todos os padrões convencionais. Resignou-se ao mais baixo nível de mediocridade, ou pior. Porém, contrariando todas as expectativas, no fundo ele acreditava possuir uma centelha natural de genialidade ou talento: desenhar.

Orgulhava-se de seus esboços, mesmo sabendo que ninguém lhes dava importância.No segundo ano do ensino médio, enviou uma série de histórias em quadrinhos para o livro anual da escola. Foram rejeitados.

Após o segundo grau, completou um curso por correspondência em arte – sua única formação na área. Depois enviou uma carta ao Walt Disney Studios, na esperança de trabalhar como cartunista. Solicitaram os desenhos, e ele trabalhou horas antes de enviá-los à empresa.

A resposta recebida dos estúdios: uma carta padrão negativa.

Mas Charles sentia que possuía um talento peculiar e valioso, mesmo que só para si. Assim, reagiu à rejeição de Walt Disney, desenhando sua autobiografia em quadrinhos, um fracassado crônico, um garoto cuja pipa nunca subia, mas alguém que o mundo todo viria a conhecer: Charlie Brown.

Charles, mais conhecido como Charles Schultz, e seus quadrinhos “Peanuts”, lançados em 1948, que tornaram-se um dos desenhos mais famosos da história, chegando hoje a aparecer em 2.600 jornais, em 21 idiomas. Ao longo dos anos, Charles ganhou cerca de US$ 55 milhões.Cada um dos personagens dos “Peanuts” transformou-se em nomes familiares para cerca de 350 milhões de leitores distribuídos em 75 países.

Um vasto potencial humano é desprezado ou se perde porque não entendemos a verdade que Schultz percebeu: ele tinha um potencial único.
O que você traz em seu íntimo neste exato momento? Você tem idéias e sonhos; todos nós temos.
Essa riqueza guardada em seu íntimo, no entanto, não pode ser herdada pelo cemitério.
Morra vazio!
São muitos que morrem ricos, com sonhos agarrados firmemente ao seu coração silenciado.

Contanto que haja fôlego em nossos pulmões, o potencial não usado continua dentro de nós, esperando para ser liberado. A razão por que ainda estamos vivos é que trazemos algo dentro de nós de que esta geração precisa.
Adote este lema: “morrer vazio”.

Não pretenda dar outra coisa ao cemitério que não seja a carcaça vazia de uma vida bem vivida.

“O homem começa a morrer na idade em que perde o entusiasmo.” (Honoré de Balzac)

IG